2009/09/09

 

OBRAS E ELEIÇÕES

Com certeza que já ouviram a seguinte expressão:
O
- Todos os anos deveria haver eleições! O o
A expressão não resulta de nenhuma campanha publicitária, nem é um slogan que se diga só por dizer, só porque cai bem. Quem vê os telejornais, sabe perfeitamente o seu significado. A expressão resulta, não de um exercício puramente matemático, mas da experiência popular de um povo, que está habituado a ser “subornado” em ano de eleições.
O o
Á custa da caça ao voto, como que por milagre, os governos e autarquias descobrem a solução de todos os males que até aí afligiram as populações. Chegámos àquela época do ano, que se repete sensivelmente num ciclo de 4 anos, em que um pouco por todo o lado há obras e mais obras. Terminam-se estradas e caminhos a toda a pressa, fazem-se arranjos urbanísticos sempre discutíveis, a troco de quê?
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Será que ainda há quem avalie o trabalho de quatro anos de um executivo pela "obra feita" em apenas alguns meses antes das eleições? E o resto do tempo foi passado a fazer o quê?
Assim, nestas épocas, e coisa milagrosa nesta altura, face á crise mundial que atravessamos, o país transforma-se numa obra gigantesca que se multiplica noutras tantas inaugurações.
o Um problema se levanta em tempo de crise que é a questão: de onde vem tanto dinheiro? Se aparece tanto dinheiro nestes ciclos eleitorais, só podemos concluir que: afinal há dinheiro e devia pagar-se a pronto…ou então, estão premeditadamente a aumentar o endividamento para a próxima equipa que assumir funções. Inclinamo-nos para o segundo caso, tendo em vista uma estratégia de sustentabilização do voto nas próximas eleições (eu quero acabar a obra que comecei). Se for a mesma equipa que ganha, vamos ter três anos para acabar as obras agora iniciadas, e um para lançamento de outras, com vista a um novo ciclo eleitoral. Se ganhar outra força partidária, como esta só vai ter conhecimento da situação financeira após tomar posse, não irá conseguir cumprir as medidas que apregoou no seu programa eleitoral, o que será motivo de gáudio para os responsáveis da situação deixada.
o Estes ciclos repetem-se de quatro em quatro anos e, após trinta e cinco anos de governo autárquico democrático, por cá, ainda não passámos da cepa torta. É que tal como noutras localidades, no nosso burgo, tudo se passa mais ou menos assim.
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E a máquina está tão bem montada, que não dá hipótese á alternância. É tudo muito triste e monótono há longos anos. Aí se explica, porque é que se extingue a vida nalguns habitats: quando não há concorrência ou se existe, é fraca, inactiva, podendo até chamar-se de submissa, a espécie predominante aniquila todas as outras.
o Nós por cá, não somos diferentes.
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E Maçãs não foge ao que de melhor se faz neste quintal à beira mar plantado, em ano de eleições.
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Percorremos a freguesia e observamos obras e obras, aliás viajamos pelo concelho, e o cenário é idêntico.
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Ao que parece, a crise e a falta de dinheiro, não passaram por aqui. São obras e mais obras lançadas neste ano, e que dizem por aí, ficarão para acabar num futuro mandato.
o Visitando Maçãs, deparamo-nos com um cenário que, e se não passássemos por cá a maior parte do ano, nos daria a ideia de uma terra em franco progresso e desenvolvimento. São escolas; arruamentos; infra-estruturas básicas e outras mas que, ou estão em execução há já largos meses, e muitos mais se aguardam até se concluírem, ou para já ficaram a meio, como é o caso do saneamento básico.
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Em ano de eleições, é preciso mostrar que se está a fazer obra. O ano 2009, é ano de eleições e de promessas, de fazer tudo e mais alguma coisa para ganhar votos, por isso há pressa em mostrar obra, arranjar caminhos, de atender com celeridade às respectivas solicitações. Quem quiser o seu caminho arranjado, é esta a altura certa de reclamar, se não, vai ter mais quatro anos de buracos.Se não lhe agradar nenhum candidato, vote no mais bonito ou no que lhe mostra mais os dentes, porque nesta altura eles fazem-no muito, são todos muito “simpáticos”.
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Meus amigos, independentemente da cor política, todos nós sabemos que as Juntas de Freguesia são cada vez mais uma espécie de feira das vaidades, e usadas quase sempre mais em proveito próprio, do que em prol dos cidadãos. Senão reparemos em todas as listas e candidaturas que por aí há, repletas de pessoas ansiosas por saltar para o poder e que até dentro da própria lista dizem mal uns dos outros para dessa forma ganharem "credibilidade" e daqui a 4 ou 8 anos serem proclamados cabeça-de-lista.
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Exemplo como o que dei anteriormente há certamente por todo o lado. As excursões dos velhinhos e das crianças, o convívio anual da freguesia, as limpezas das valetas e dos cemitérios, é para isto que servem as Juntas de Freguesia?
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De que adianta tudo isto se não existem passadeiras em locais onde há muito são necessárias, iluminação pública eficiente, se falta sinalização ou então sinalização desactualizada, e tanto mais que havia para escrever.
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Poderão responder-me dizendo que muito do que aqui enumero não é da responsabilidade das Juntas mas sim da Câmara ou de outra entidade qualquer e nós somos os primeiros a concordar. Mas compete à Junta "lembrar" essas mesmas entidades, sejam elas a Câmara ou a GNR, que é necessário cumprir perante os eleitores que elegeram este executivo para um mandato.
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Um conhecido jornal lançou um inquérito com a seguinte pergunta: “Como é que você escolhe os seus candidatos nas próximas eleições, pelo nome, pelas obras, pelo passado, sim, como é que os escolhe?”
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Das muitas respostas seleccionou a seguinte, como a melhor: o “Oxalá todos se pudessem enquadrar nesses quesitos.Na verdade, tenho por hábito escolher os meus candidados pelo passado e pelo presente ou seja, que demonstrem o que fizeram, o que realmente são, e que se mantenham de mãos limpas até ao momento do meu voto. Caso contrário, não vou ser conivente com nenhum candidato menos honesto ou oportunista.
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Agindo assim posso até me enganar porém, corro menos riscos do que aqueles que fazem "ouvidos moucos"..... e não tenho o direito de, por displicência, caciquismo ou suborno, empenhar o nosso futuro”.
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E esse futuro, que se deseja próspero e risonho para bem da nossa terra, do nosso futuro pessoal e colectivo está aí, ao alcance de uma cruzinha colocada de consciência no local apropriado, sempre na certeza de que é um dever e um direito que nos assiste.
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E o futuro está aí, ao nosso alcance,……na mão de todos nós!

2009/09/05

 

HABITAÇÃO SOCIAL

O projecto vai permitir a criação de 12 fogos no imóvel situado na sede da freguesia de Maçãs de Dona Maria, e está neste momento em fase de concurso público, depois de o primeiro ter sido anulado por erros processuais, adiantou Paulo Tito Morgado á agencia Lusa, acreditando que a adjudicação dos trabalhos - que vão demorar um ano - possa ocorrer até Dezembro.
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"Trata-se da recuperação de um edifício histórico, o Armazém das Cinco Vilas e Arega, onde funcionou o primeiro centro comercial da região”, observou o responsável, referindo que, com esta iniciativa, “também se evita a desertificação deste meio urbano”.
Acredite quem quizer!
Nós não acreditamos.

2009/09/04

 

A CRECHE DA ACREDEM JÁ FUNCIONA !

Já se encontra em funcionamento, e já com um número significativo de crianças, a tão desejada, creche da Acredem.
O Fruto do empenhamento e dedicação desta Associação, esta infra-estrutura tem na sua génese a aposta no programa PARES implementado por este governo, e cujo contracto de comparticipação governamental foi assinado no dia 03 de Junho de 2007.
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Finalmente entrou em funcionamento, estando a sua inauguração prevista para meados do próximo mês.
O Um senão quanto ao timing da inauguração sendo que, e como nos disse um elemento directivo quando abordado sobre o assunto, “minguem nos pediu opinião”: achamos ainda assim que, inaugurar esta obra na véspera das eleições, não é a melhor opção. No entanto, e como “a razão tem razões que a razão desconhece”, quem de direito alguma razão teve para que assim seja.
O
Mas, o que importa salientar é o facto de ter entrado em funcionamento uma infra-estrutura há muito deseja, e cuja falta se fazia sentir na freguesia.
O
Está de parabéns a Acredem e os seus dirigentes.
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Está de parabéns Maçãs de Dª. Maria.

2009/09/01

 

JULGADOS DE PAZ

o o O concelho de Alvaiázere faz parte do agrupamento de Julgados de Paz de que fazem ainda parte, os concelhos de Ansião, Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande e Penela.
Nos termos da Lei n.º 78/2001, de 13 de Julho, e comunicado do Conselho de Ministros de 27 de Agosto de 2009, foi criado o Decreto-Lei que cria este Agrupamento de Julgados de Paz.
Os julgados de paz são tribunais de proximidade, resultantes de uma parceria entre o Estado e as autarquias locais, que resolvem litígios muito directamente relacionados com a vida das pessoas, de forma simples e rápida e com todas as garantias da decisão de um tribunal judicial. Julgam, frequentemente, conflitos em matéria de arrendamento, condomínio, pequenas dívidas e demarcação de prédios. Os julgados de paz promovem, por outro lado, uma cultura de participação e responsabilização das partes na superação dos conflitos, oferecendo meios não adversariais de resolução de litígios como a mediação, efectuada por um mediador de conflitos, ou a conciliação, perante um juiz de paz.
Os Julgados de Paz foram criados em 2002, só agora tendo chegado ao nosso concelho mas, e não obstante a demora, e como tarde é o que nunca bem, esperamos que desta forma, a justiça e como convém, seja mais rápida e eficaz.

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