MAÇAS DE Dª. MARIA ... SEMPRE!

Na última reunião do Conselho de Ministros, terá sido analisado e aprovado o traçado do IC3, que ligará Tomar a Coimbra, em formato de Auto-Estrada, com portagens, passando pela nossa região e mais concretamente, por terras de Maçãs de Dª. Maria.

Segundo a reunião havida na semana passada, entre o Secretário de Estado das Obras Públicas e o Presidente da Câmara Dr. Paulo Tito, ficou acordado que o traçado seria o que era proposto mais a nascente, sendo que irá ter dois nós de ligação: o nó de ligação de Arega , que servirá essa região e a sede do Concelho, e o nó do Porto de S. Simão que ligará a Maçãs de Dª. Maria.

Do mal o menos, ficamos ligados pelo nó do Porto de S. Simão.

Mas, Sr. Presidente, Maçãs não merecia mais? Porque não se empenhou, porque não mobilizou a população para que o nó de Maçãs se fizesse, ou o do Porto de S. Simão fosse deslocado mais para Sul?

“Estava resolvido o problema de Alvaiázere, e o resto é paisagem”.

Mas não esqueça Sr. Presidente que necessitou do apoio do povo maçanense, ou parte d’ele, para subscrever o abaixo-assinado.

E a questão das portagens? Não quer Vª. Exª. encabeçar um movimento anti-portagens, face às necessidades de desenvolvimento e à desertificação que cada vez é maior na nossa região, à semelhança com outras regiões do país, que gozam dessa descriminação positiva?

Ou será que estes nossos direitos foram “moeda de troca e meio de negócio” para o acordo encontrado? Esperemos que o Sr. Presidente não tenha empenhado o nosso poder de reivindicação por aquilo que é nosso direito, no país democrático em que vivemos, e onde a igualdade de direitos é consignada na Constituição da Republica.

Não somos “Velhos de Restelo”, nem tudo para nós está mal. Achamos no entanto que, e face às nossas necessidades de desenvolvimento, todo este processo poderia ter sido mais bem acompanhado e, uma vez que foi preciso mobilizar o povo, aquele que tem o verdadeiro poder de reivindicação(não obstante não tenha de dar contas a ninguém…), se poderia exigir muito mais: tudo aquilo a que temos direito; aquilo que verdadeiramente nos interessa.

Não obstante a definição do traçado e a localização dos respectivos nós, ainda muita coisa se pode fazer e mudar.

Em quê?

Pergunta-se.

.

Habitação social como a Câmara deliberou e cuja informação deixou sair? Habitação para jovens casais (?!)como se diz á boca pequena por aí, e que parece querer esconder o que se entende por habitação social?

. Enfim, o que virá a ser no futuro, o que resta do Armazém das Cinco Vilas, ligado a um passado histórico recente, marcante na vida dos maçanenses, e situado em local mítico, no coração do centro histórico da Vila?

HABITAÇÃO SOCIAL, OU OUTRA CUJO NOME SIRVA SÓMENTE, DE TAPA OLHOS AOS MAÇANENSES, NÃO OBRIGADO.

. Porque estará a Câmara Municipal, e bem assim a Junta de Freguesia, sua conivente , a fazer ou a preparar obra, sem dar conhecimento à população?

. O placar megalómano e exibicionista colocado junto ao edifício, indicando sómente”Reconstrução e adaptação do imóvel, Armazém das Cinco Vilas” é a prova do modo nada ortodoxo, como a autarquia faz chegar a informação ao povo. A informação que bem quer, e não aquela de que o povo precisa, e a que tem direito. O placar é mais uma prova do vaidosÍsmo e exibicionismo barato, de quem tem um ego maior que a consciência e se julga detentor de toda a verdade e direito , e que não tem contas a dar a ninguém.

. Será que não têm, Srs. Presidentes da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia?

. O placar publicitário em causa devia informar a população, de que o Armazém das Cinco Vilas está em projecto de remodelação, qual a remodelação prevista, e o fim a que se destina.

. Como está, a informação em causa, é um embuste.

. É puramente vergonhoso e ofensivo a toda a nossa população, que se esconda esta informação do povo, a prova do modo como a autarquia nos vê e do egocentrismo existente na autarquia.

Os maçanenses não são trouxas e não podem aceitar de ânimo leve, que a Câmara Municipal no geral, e o Sr. Presidente em particular, os tratem assim.

Não queremos ser gente; SOMOS GENTE, e como tal, queremos ser tratados com o respeito e consideração que merecemos e a que temos direito.

Há muito, que se nota o pouco interesse da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia, quanto ao desenvolvimento e progresso da nossa terra, Maçãs de Dª. Maria.

A maior freguesia do concelho, a que mais conta em número de eleitores, e a que mais peso histórico tem, merece da nossa autarquia mais atenção, mais esforço, na busca do progresso e do desenvolvimento.

Merece mas não tem.

Se não vejamos:

Que fez até hoje, a autarquia no sentido de se atingirem estes dois objectivos?

A Zona Industrial das Relvas?

A habitação social no Armazém das Cinco Vilas? (Local mítico, ligado a um passado histórico recente, mas marcante na vida dos maçanenses, e situado no coração do centro histórico da Vila)

O patrocínio e empenho num abaixo-assinado que pede o afastamento do IC3, de Maçãs de Dª. Maria, sendo necessário ir até Alvaiázere para n’ele entrar? “O presidente da Câmara de Alvaiázere reclama uma reunião com o secretário de Estado das Obras Públicas, depois de muitos munícipes terem contestado a proposta de traçado para o IC3 que fica mais afastada da sede de concelho.” (ver http://www.noticiasdocentro.net/).

É ou não verdade que, a ser aceite a pretensão da CMA, e ficando Maçãs tão afastada do IC3, e uma vez que já se situa no “cu” do concelho, quem é que algum dia terá interesse em investir aqui?

E não se desenvolvendo Maçãs, não havendo postos de trabalho, quem aqui se quererá radicar?

Estarão, o Sr. Presidente da Câmara, e a Junta de Freguesia (apresentada como apoiante do abaixo assinado), empenhados no progresso e no desenvolvimento de Maçãs, tendo em conta por nexemplo, esta posição em relação ao IC3?

Em nossa opinião, francamente, não!

Afinal quem contesta a passagem do IC3, junto a Maçãs, com o respectivo nó de ligação?

Estamos em crer que nenhum maçanense digno desse nome o fará, interessado que esteja no progresso e desenvolvimento de Maçãs.

Lamentavelmente, e mais uma vez, o povo de Maçãs tem todo o direito de se sentir enganado pela autarquia.

Porque não explicaram às pessoas a quem solicitavam a respectiva assinatura, a verdadeira razão do abaixo assinado, exemplificando no respectivo mapa de implementação, os verdadeiros lugares da passagem do IC3?

Pergunte-se à maioria dos que assinaram, de que consta o abaixo assinado, qual a sua finalidade.

Responderão, que é para que o IC3 se faça, pois que há muito tempo deveria ter sido feito e nos faz imensa falta.

Não dirão concerteza, que o abaixo assinado se destina a desviar o IC3 do local previsto, fazendo-o passar por Alvaiázere, o que só por si, trará prejuízos incalculáveis e irremediáveis para a nossa terra.

Ninguém explicou, o que verdadeiramente se queria. Ninguém disse onde passaria concretamente o IC3.

Omitiam propositadamente, “é mais ou menos por aqui, ou por ali” a verdade, essa “não sabiam” ( ou não queriam dizer).

Maçanenses, o abaixo assinado tinha por fim desviar o IC3 de Maçãs, em proveito de Alvaiázere.

Não tínhamos interesse nenhum em assiná-lo.

E a Junta de Freguesia sabia-o. É caso para perguntar:

Será para guardarem o lugar p'rás próximas eleições. Desenganem-se. O dia virá, em que o povo tomará consciência de quem benefeciou ou não, com determinadas posições, tomadas por acção, ou quiçá por omissão.

Utopia? Talvez, mas é a utopia, a força que nos faz acreditar que, mesmo remando contra a maré, o futuro será melhor... um dia...

A Câmara Municipal, a Junta de Freguesia e demais entidades empenhadas no requerimento, nada fizeram em prol de Maçãs de Dª. Maria, antes pelo contrário, serviram-se dos Maçanenses par tirar proveitos no interesse da sede do concelho ( e esperemos que de mais ninguém...).

E nem tudo o que é bom para Alvaiázere, é ou será, bom para Maçãs.

Caros maçanenses, é uma vergonha,

é escandaloso:

TODOS NOS ENGANARAM!