2007/05/26

 

DESABAFO DE CRIANÇA

CRIANÇAS DE HOJE,
OS HOMENS DE AMANHÃ !
Transcrevemos a seguir, o mail que nos chegou duma criança do ensino básico das escolas de Maçãs.
Viagem a Sesimbra
"Caros amigos. serve este mail para agradecer à Junta da Freguesia a viagem que nos ofereceu a Sesimbra. Foi um dia de muito divertimento e gostei imenso. Mas tanto eu como alguns colegas viemos tristes. A Junta que também foi não levou almoço para nós as crianças. Só levou para eles e para as professoras. E durante o almoço puseram duas mesas. Uma para eles e outra para nós. Nem a junta nem as nossas professores se misturaram com nós. Pessoas numa mesa e os outros na outra. Ficámos tristes. Nós até nos portamos bem. Não merecia."
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2007/05/12

 

TRADIÇÕES VIII

QUINTA FEIRA DA ASCENSÃO
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QUINTA FEIRA DA ESPIGA OU FESTA DA ESPIGA
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..........O mês de Maio está tradicionalmente recheado de festas solares, próprias de uma sociedade rural e pastoral, ancestralmente ligadas a tradições que remontam aos nossos ancestrais celtas.
..........Mais uma tradição que ainda se mantém, esta a Quinta Feira da Espiga, associada à Quinta Feira da Ascensão, que se comemora este ano, no próximo dia 17 de Maio. Nesta data do calendário litúrgico, a Igreja católica comemora a ascensão de Jesus Cristo ao Céu, e reza a história religiosa que:
"Quarenta dias depois da ressurreição que se celebrou pela Páscoa, Jesus apareceu pela primeira vez aos discípulos em Jerusalém e levou-os ao Monte das Oliveiras. Depois de lhes ter renovado a promessa do Espírito Santo, ergueu as mãos ao céu e abençoou-os. Nesse mesmo instante, começou a elevar-se no espaço e não tardou que uma nuvem o ocultasse aos olhos dos assistentes. Como estes continuassem a olhar o céu, apareceram-lhes dois anjos a anunciar que Jesus voltaria do mesmo modo que o viram subir. Então, os Discípulos deixaram o Monte das Oliveiras e regressaram a Jerusalém. "
..........A Quinta-feira da Ascensão foi, até certa altura, um dia Santo de muito significado, guardado por todos. Neste dia não se fazia rigorosamente nada. Era um dia santo de muito respeito, dia do mais rigoroso descanso e respeito especialmente pela Hora. A Hora da Ascensão de Jesus Cristo ao Céu. Dizia-se que o pão amassado nesse dia não levedava e era corrente na boca de todos, a seguinte quadra:
Se os passarinhos soubessem
Quando era a Ascensão
Não comiam, nem bebiam
Nem punham os pés no chão
.......... A Quinta-feira da Ascensão é também conhecida por "Quinta Feira da Espiga", ou "Dia da Espiga". A "Festa da Espiga" é um acontecimento que está imbuído de um grande significado ao nível das manifestações tradicionais das nossa gentes, uma vez que revela aspectos verdadeiramente ancestrais que estão relacionados com as nossas próprias raízes culturais e que, portanto, nos leva a ter uma atitude bastante mais reflexiva em relação à nossa própria identidade como seres humanos e sociais que somos.
..........Tradicionalmente, nesse dia, as pessoas vão pelos campos apanhar a espiga de trigo e outras flores silvestres, fazendo ramos simbólicos da fecundidade da terra e da alegria de viver. E o que é então a espiga? Nesta região, é habitual fazer-se um ramo com espigas de cereal, malmequeres brancos e amarelos, papoilas, folhas de oliveira e alecrim. Cada um destes elementos tem no entanto um significado:
- A espiga simboliza o pão, para que nunca falte comida no lar, (símbolo alimento)
- Os ramos de oliveira simbolizam azeite e paz, tal como a pomba da paz que carrega no bico uma folha de oliveira (símbolo da luz).
- As flores simbolizam a alegria e depois, cada uma tem um significado conforme a sua cor:
- o malmequer é ouro e prata, (símbolo abastança).
- a papoila, amor e vida .
- o alecrim, saúde e força.

Estes ramos guardam-se em casa durante um ano, detrás da porta de entrada, até que sejam substituídos pela “espiga” do ano seguinte, na esperança que atraia a paz, a alegria e a abundância de pão.

..........Crê-se que este costume tenha as suas raízes num antigo ritual cristão que consistia na bênção dos primeiros frutos. No entanto, e por ter tanta ligação com a natureza, as suas características fazem adivinhar origens mais remotas, muito provavelmente em antigas tradições pagãs, associadas às festas em honra da deusa Flora, que ocorriam nesta altura do ano. Atente-se neste verso, que nos dá uma ideia da ligação da festevidade deste dia à natureza:
Quando chove em dia de Ascensão, até as pedrinhas dão pão”
..........Em Maçãs, era habitual as pessoas deslocarem-se em grupos, p’rós terrenos do Bairro Industrial, na vizinha freguesia de Aguda. Aí se faziam piqueniques, e se colhiam as espigas durante a tarde, ao fim da qual se organizavam os tradicionais ”bailes da espiga” para divertimento e alegria de todos.
..........Hoje em dia, esta tradição já não conta com tantos “adeptos” pois o ritmo de vida é bastante diferente do que se vivia no tempo dos nossos avós e nem todos têm a disponibilidade para esta tradição, num dia que, não sendo já feriado, é mais um dia na labuta normal da vida diária.
..........Assim sendo, resta-nos desejar-lhes uma vida cheia de espigas de trigo, folhas de oliveira, alecrim e muitas, muitas flores.

2007/05/05

 

FESTAS DO SR DOS AFLITOS JÁ MEXEM

..........Aproxima-se a passos largos o mês de Agosto, e consequentemente as tradicionais festas do Sr. dos Aflitos.

..........Óbviamente, ainda se não sabe do programa provisório, ccontráriamente ao que acontece por exemplo já, com a vizinha freguesia de Avelar. Diz quem parece saber do assunto, que os contratos com artistas e grupos não são feitos com a devida antecedência, mas sim á última hora, procurando-se artistas baratos, razão porque temos de levar sempre com grupos e cantores de 2ª e qualidade duvidosa, que na maioria das vezes não tem agradado ao geral da população residente e forasteiros.

............No entanto, o espírito bairrista das gentes desta terra vem sempre ao decima e já fervilha o bichinho que por carolice faz erguer tão nobres e orgulhosos trabalhos, como são os arcos tradicionais. Temos conhecimento de alguma movimentação de grupos de populares que nalguns lugares preparam já os primeiros trabalhos para a confecção do arco seu representante. Segundo nos foi dito, todos querem este ano, apresentar um arco mais bonito e sumptuoso que os dos anos anteriores. Querem fazer sempre mais e melhor e empenham-se já, com vista a uma boa imagem a dar aos maçanenses, e forasteiros que nos visitam.

..........Somos totalmente a favor desta arte popular, que distingue positivamente o engalanamento da nossa rua principal, comparativamente com a de qualquer freguesia vizinha. Não obstante, achamos que o esforço dispendido por todos é de tal forma grande, que deveria ser dado outro ideal ás temáticas representadas pelos arcos. A ideia não é virgem, porquanto não é nossa mas com a qual concordamos em pleno. Achamos também, que em cada ano, os arcos deveriam versar um tema, anteriormente escolhido, pela comissão de festas, ouvidos os representantes ou responsáveis pelos arcos de cada lugar. E não faltam temas para pôr á prova a arte e o gosto de cada um. Desde o caris religioso, aos temas históricos da freguesia, ás lendas e tradições, á vida rural, ás profissões existentes e em extinção, etc., etc. Existe muita matéria, sobre a qual se podem fazer coisas lindas e arrojadas. Deixamos aqui a ideia. Ainda estamos a tempo de fazer este ano algo de diferente.

..........No que se refere ao programa das festas, ficamos á espera que o deste ano venha a evoluir, crescendo em quantidade e qualidade em relação aos anos anteriores, para o que até nem é preciso assim tanto esforço. Ideais á parte, as festas de Maçãs serão sempre um marco na vida desta terra e das suas gentes, conseguindo incondicionalmente o carinho e apoio de todos nós.

Mas, querer mais e melhor não é pecado,

Ou será?!


2007/05/03

 

"PRAIA FLUVIAL"PEDE-SE RECONVERSÃO

.........A época estival aproxima-se e com ela o desejo e o direito ao merecido gozo de férias. Por cá, quem pode vai normalmente até ao Algarve ou, para os menos endinheirados p’rás vizinhas praias de Pedrógão ou da Vieira. E os menos afortunados, os socialmente desfavorecidos, a quem nada sobra ao fim do mês, e que nem para a as praias vizinhas podem ir, ou ainda os que optam por não sair? Como passam eles a sua época estival? Na praia fluvial das Cabeças?! É claro que não. Essa apenas serviu para fazer desaparecer ao tempo, cerca de 8.000 contos.
..........Pena. Não se fez a praia e em nosso entender não valerá a pena fazê-la por várias ordens de razão de que destacamos para já duas, que se evidenciam de umas quantas de somenos importância: a praia foi mal localizada no que se refere á exposição ao sol e ao consequente tempo máximo de aproveitamento do mesmo, e o facto d’as águas, e não obstante a ETAR de Val de Tábuas, continuarem em nosso entender poluídas, face ao mau funcionamento da mesma.
..........Urge no entanto dar algum aproveitamento àquele espaço e àquelas infra-estruturas que não tarda atingirão um estado de degradação irreversível. Há várias hipóteses para a reconversão e utilização daquele espaço, devolvendo a ribeira á freguesia, tornando-o num espaço útil, capaz de ajudar ao desenvolvimento e progresso desta terra. Das várias hipóteses de utilização, entendemos que aquele espaço poderá ser aproveitado por exemplo, para a realização de eventos de que destacamos encontros ou concertos ao ar livre.
..........Seja qual for a utilização, desde que útil, será de considerar, o que não podemos aceitar é que o espaço e as obras já efectuadas continuem assim num abandono total e completa degradação.
..........É uma ofensa á maioria dos maçanenses que auferem baixos salários e aos que têm reformas de miséria, ter em conta que os 8000 contos ali gastos, foram pura e simplesmente deitados fora.
..........É com alguma tristeza que vemos nascer ideias em Maçãs, trabalhadas por maçanenses, naturais ou residentes, e depois vê-las entregues a instituições de fora que certamente farão d’elas, bom aproveitamento e projecção.
..........É pois urgente que o espaço da “defunta” praia fluvial seja reconvertido e possa ser utilizado por quem ouse projectar e realizar em Maçãs eventos, capazes de a tornarem visitada e conhecida por outras paragens.

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