2008/11/03

 

TRADIÇÕES QUE SE PERDEM

HALLOWEEN / DIA DE TODOS OS SANTOS / O MUNDO GLOBAL
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. Cada vez mais, a era da globalização se impõe, e consigo impõe em termos gerais, “a lei do mais forte”. Digamos também, que essa imposição é em parte consentida, pela desvalorização que damos ao que é nosso, aos nossos valores e á verdadeira identidade do que somos. “O que vem de fora é bom e o que temos não presta”. A sociedade actual aceita quase cegamente o que nos é imposto pelas grandes potências, cujo mercantilismo material e ideológico tem atrás de si, uma máquina poderosa de marketing e divulgação, que se sobrepõe á importância dos valores intrínsecos da nossa civilização, da razão do nosso próprio ser.
Já se colocam hoje questões que outrora não teriam qualquer razão de ser:
O que somos então afinal?
Face às manifestações extrínsecas de cada um, a linha de definição dessa situação é cada vez mais ténue, face à mistura de manifestações que confundem a verdadeira identidade de cada um.
Dia de Todos os Santos
Por muito que nos custe, as seculares manifestações deste dia, estão a sofrer, “negativamente dizemos nós” com a exposição à globalização e influências exteriores a que inevitavelmente estamos sujeitos.
“Pedir os bolinhos, em louvor de todos os santinhos” quase já se não viu, à excepção de um ou outro caso, encontrando-se pela manhã, o que vem aumentando de ano para ano, abóboras iluminadas, “importação americana” que nada nos diz e tão pouco é uma manifestação religiosa, como religiosa é esta “época” de calendário.
Festeja-se o halloween, numa manifestação tipicamente americana.
http://pessoas.hsw.uol.com.br/halloween3.htm Mas, há muitos anos que os cristãos vêm juntando às suas manifestações religiosas, símbolos de origem pagã, o que vêm fazendo, independentemente da sua profecia. É exemplo disso a Árvore de Natal, cuja presença nesta época é quase uma obrigação em todos os lares portugueses, e cuja origem nada tem a ver com a religião cristã que agora faz o tradicional presépio e a coloca junta ao mesmo.
O surgimento das abóboras (caveiras) iluminadas e o abandono do “pedir os bolinhos” são sinais evidentes das tradições que se vão perdendo e que deixam atrás de si, para aqueles que as viveram tão intensamente, um sentimento de saudade e nostalgia.
O mundo não anda para trás e há coisas que se vão perdendo, no entanto façamos um esforço para não perdermos a essência do que é a nossa identidade, do que foram as vivências dos nossos antepassados, do que foram as nossas tradições, do que foi e fará sempre parte da nossa cultura. Há que mantê-la viva, para nós e para os vindouros, para que, num mundo certamente mais evoluído em todos os sentidos, tenham o conhecimento de que foram precedidos por gente de grandes costumes, e nobres tradições.

Comments:
Mais uma vez digo este blog so pode ser do Fernando Caracol
 
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