2008/09/13

 

A NOSTALGIA... QUE VAI PASSANDO!

Nostalgia, é agora o sentimento que nos acolhe, enquanto apreciamos o que resta das obras de arte que há dias, tanta beleza deram à rua principal da freguesia.
É nostalgia, porque a saudade já dói, e tanta beleza, capaz de ter saído do atelier de um qualquer grande artista plástico, se vai agora degradando com o tempo, até ao dia em que tudo for removido.
O verão que nos tem acompanhado, estás agora a caminhar passos largos para o fim, dando lugar á solarenga mas melancólica estação do Outono.
Vieram já as tradicionais chuvas de fim de verão, e que deram um empurrão na aceleração da degradação, dos arcos tradicionais.
Mas é também certo que a nostalgia dará lugar à motivação e empenho, capazes da criação de novas, melhores e mais vistosas obras, a apresentar nas festas do próximo ano.
E espera-se como de costume, cada vez mais e melhor.
Mas, toda esta tarefa de árduo trabalho e dedicação extrema dos nossos lugares, sofre anualmente também da sua nostalgia. E sofre, face ao sentimento de tristeza, motivado pelo esquecimento, quiçá até desdém, a que a comissão de festas, dota tanta gente, que deu o seu melhor, para a grandeza que se espera cada vez mais altiva, das festas do Sr. dos Aflitos. Todos os que se dedicaram à festa, e não só alguns, merecem por parte da comissão, o acolhimento e o carinho incondicionais, e que até hoje tem sido esquecido.
Ninguém espera ser bajulado ou receber algum agradecimento de maior relevo. O que esperam, isso sim, é ter por parte da comissão, o mesmo e igual tratamento que é dado a uns quantos senhores.
Sabe-se de outros anos, que alguns elementos da comissão, se têm reunido em convívio, com alguma comezaina bem regada, no que até estamos de acordo. No que discordamos, é na marginalização de uns quantos, que anualmente tanto e tão desinteressadamente, se dedicam à festa. Achamos que todos devem ser convidados e não só alguns, pois cremos que a “festa“, a todos deve, um mimo de agradecimento.
É necessário que os Srs., que já se julgam e intitulam de insubstituíveis, e que têm o ego maior que a festa, compreendam de uma vez por todas, que é preciso mudar. E pode mudar-se, sem marginalizar ninguém. É preciso perceber que a entrada de ideias novas leva à inovação, contrária ao sedentarismo e ao comodismo.
Gente nova, novas ideias; os mais “antigos” e a sua experiência.
Juntemos tudo na dose adequada, e com certeza, teremos um cozinhado, bem ao agrado, se não de todos, como é impossível, mas da esmagadora maioria da população.
Ainda assim, e como o tempo tudo cura, p’ró ano, lá estaremos todos novamente, dando cada um o seu melhor, em prol do engrandecimento de Maçãs de Dª. Maria, e sempre na esperança de que um dia, as coisas irão mudar.
Aliás, disso temos até a certeza.
Do que não temos, é se cá estaremos todos p’ra ver.
Essa é sim, a única certeza que nos resta.
Mas, com maior ou menor dose de nostalgia, p’rá frente é o caminho.
É que a esperança é sempre, a última coisa a morrer.

Comments:
Obrigada pela visita e pelo comentário deixado.
Reconheço o local destas fotos e a festa deve ter sido muito bonita.
Cordiais saudações.
Guidinha Pinto
 
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