2008/04/06

 

QUESTÕES DE DESENVOLVIMENTO

A cultura educacional e civilizacional são vertentes indissociáveis, numa situação de desenvolvimento e progresso que todos anseiam e desejam seja uma realidade e um objectivo a atingir, individualmente por cada um, e num geral pela sociedade no seu todo.
As infra-estruturas públicas e de carácter social de primeira necessidade, quando existentes, são sinónimo de que o desenvolvimento existe, e que cada habitante, podendo usufruir das mesmas, se sente em consciência, parte integrante da sociedade que em seu proveito, aplica condignamente o que lhe retira em impostos.
Não é assim que os maçanenses se sentem e, para mal de todos nós, cada vez vêem o progresso, o desenvolvimento, como uma miragem que , na utopia da procura do ideal que não existe, é ainda, o que nos inspira a lutar e a caminhar.
Na consciência do dever cumprido por parte dos nossos autarcas, ( vejam-se as últimas entrevistas “in Alvaiazerense”), por cá, vai faltando tudo, ou melhor dizendo, o essencial a uma situação de progresso e desenvolvimento.
A qualidade de vida local, e o bem estar social, são valores que a autarquia tem obrigação de promover, e que parece, numa análise simplista, ter deixado no esquecimento.
Onde está o saneamento básico, para o resto da freguesia. Só os moradores da vila a ele têm direito?
Onde está, ou para quando o jardim infantil?
O que se passa quanto ao armazém das cinco vilas? Será mesmo, um pólo de desenvolvimento local, com a edificação no mesmo, de apregoada habitação social?
Onde estão as passadeiras nos vários locais da vila, sinal de interesse da autarquia, no cumprimento da sua obrigação de velar concretamente pela segurança de todos nós, implementando em Maçãs as regras gerais de boa circulação, na salvaguarda dos direitos de cada cidadão?
Onde estão os nºs. de polícia nas nossas portas, tão necessários a uma perfeita distribuição do correio por parte dos CTT, e cuja deficiência tantos dissabores tem trazido a uma parte significativa da população que, em cúmulo, vê muitas vezes a sua correspondência violada, em consequência dos erros havidos com a sua distribuição?
Onde estão as acções que visem uma maior fixação de pessoas e terminem com o êxodo dos maçanenses para as freguesias vizinhas?
Onde estão as “facilidades” que contribuam para a criação de postos de trabalho?
Onde está a apregoada zona industrial das Relvas, e cujos terrenos foram adquiridos aos respectivos proprietários com esse objectivo?
Enfim, onde está o essencial p’rá captação de gente, p’rá fixação das pessoas, sem as quais não há desenvolvimento?
Concluímos que toda esta problemática “é uma pescada de rabo na boca”.
Sem pessoas não há desenvolvimento; sem desenvolvimento, não há fixação de pessoas.
Não se pode no entanto é exigir ao sector privado, e tanto mais que estamos em tempo de vacas magras, que seja o motor de arranque dum desenvolvimento inexistente, e que certamente irá demorar largos anos a concretizar-se, sendo que a qualquer momento poderá ser ruinoso, caso não tenha por parte da autarquia o necessário apoio integrado, capaz de ser motivador e catalisador dos investimentos que se precisam e que vemos fixar-se nas freguesias e municípios vizinhos.
É sempre fácil atirar, por todas estas falhas, as culpas à autarquia. Mas, o que não encontrámos, foi razões para afirmar que a autarquia se preocupa com estas questões, e sobre elas se debruça, com a coragem de quem anseia e quer a todo o custo, o progresso da sua terra.
Sabemos de antemão, que a Junta não tem dinheiro, mas o que tem, nem sempre aplica com um objectivo nobre e ambicioso, no verdadeiro interesse dos seus eleitores (veja-se a avultada verba gasta em candeeiros e floreiras, agora cheias de erva, e os custos da sua manutenção, caso se faça).
Não se pede no entanto à junta, que execute grandes projectos, para os quais como é óbvio não terá verbas. O que se lhe exige, é que tenha ideias, que apresente projectos viáveis, com vista à dinamização, ao desenvolvimento e progresso de Maçãs, e que sejam simultaneamente captadores de investimento e atractivos à fixação de gentes. Apresentá-los à Câmara Municipal quando fosse o caso e exigir da mesma a satisfação das suas promessas eleitorais, na estreita colaboração com todos os órgãos da administração local, é uma obrigação da junta de freguesia. A subserviência e o "sim senhor presidente" jamais trarão a esta terra, progresso e desenvolvimento.
Com alguma regularidade se ouve como resposta da autarquia, “então vá apresentem projectos, não critiquem façam”, prova irrefutável do modo como é vista toda e qualquer critica ou observação mais divergente do ideal instalado.
E enfim, apetece-nos perguntar:
Mas p’ra que raio, foram eles eleitos?!

Comments:
as eleições são pró ano, CANDIDATA-TE.
 
Carissimo,
Tem toda razao, esta um texto muito bem escrito, só prometem depois quando estao no poleiro nao fazem nada.
Lá vai o tempo que Maças D. Maria tinha vida, agora ta a morrer aos pouquinhos.Os jovens vao saindo da terra porque a isso sao obrigados.
É triste....
Maçanense ex-residente
 
Estou a pensar nisso!
Mas será que vale a pena?
Como é que se ganham eleições em Maçãs?
Como já ficou provado, não interessa ser boa pessoa, ter força de vontade e coragem para fazer algo, ser honesto, dialogante, bom administrador e bla, bla, bla. Não, nada disso interessa. O que aqui interessa realmente, é estar no lugar certo, de preferência, com equipamento condizente.
Houve quem já tenha concorrido tantas vezes e que, por razões que não interessa dissecar, se tenha mudado p'rá cor certa, na ambição do almejado lugar,e que em parte já conseguiu. Mas parece que vai haver mais!
No que me diz respeito, vamos aguardar mas, e em último caso terei de votar novamente em vocês (junta actual), e para quê?
Para lhes poder exigir, para ter o direito de me manifestar.
É assim, em democracia, ou não?!
 
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