2007/07/11

 

ARMAZÉM DAS CINCO VILAS, MEXE COM AS CONSCIÊNCIAS

Caro visitante, se não concorda com a habitação social no Armazém das Cinco Vilas, faça ouvir o seu protesto.
Abaixo publicamos um mail que sobre o assunto nos foi enviado, com o pedido de publicação
De: macanense atento
Enviado: terça-feira, 10 de Julho de 2007 17:45:46
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Amigos bloguistas, sabendo que também não concordam com a habitação social no Armazém das Cinco Vilas, será que poderiam publicar esta carta aberta ao Sr. Presidente da Câmara?
Cumprimentos blogistas maçanenses
Exmº. Sr.
Presidente da Câmara Municipal
ALVAIÁZERE
Sr. Presidente, queira aceitar respeitosos cumprimentos maçanenses.
Com o presente, venho junto de Vª. Exª. deixar a minha opinião, quanto à intenção preconizada por Vª. Exª., em transformar o Armazém das Cinco Vilas, num imóvel de habitação Social. Devo dizer que discordo totalmente, aliás como a maioria dos maçanenses, cuja opinião isenta se possa auscultar.
Não discordo do princípio que é certamente nobre, e que pode até ser uma preocupação de Vª. Exª.: criar habitação para quem realmente e com justiça, dela necessita, e tirar dali um mono em acelerada degradação, um futuro perigo público. O que não posso concordar é que Vª. Exª., que se diz pugnar pelo desenvolvimento e pelo progresso, utilize este local, carregado de simbolismo e da mais nobre localização na vila, para um tipo de habitação que, e sem o mínimo desprimor para os respectivos interessados, em nada valorizará a sede da freguesia, direi mesmo e penso não exagerar, só a vem desvalorizar.
É certo que é preciso resolver este problema que até dada altura não nos promotores imobiliários privados grande interesse, ainda que vindo a surgir um, o mesmo visse a sua pretensão afastada dada a situação negocial da Câmara. Mas também é certo que a Câmara com todo o seu elenco e grupo de técnicos, teria encontrado, se assim quisesse, um outro futuro para o local, dignificando o mesmo, em prol do desenvolvimento desta terra que nada tem. Há por exemplo à volta do edifício da Câmara, vários imóveis, uns em degradação, outros com obras paradas ou embargadas há anos, e Vª. Exª. não teve a ideia de que a Câmara os comprasse e aí colocasse habitação social. Porquê fazer isso com a sede da nossa freguesia? Peço pois encarecidamente que repense a sua posição, que pense no futuro de Maçãs, donde os mais novos continuam a sair, e troque o projecto de habitação social, que certamente terá outro local mais adequado ao mesmo, por um projecto que ajude a desenvolver e a valorizar a vila, e quem nela reside.
Por último quero deixar claro que a minha situação de anonimato se deve a factos que Vª. Exª. certamente depreenderá mas que, e sendo o meu voto em si, um voto secreto e que Vª. Exª. não enjeitou, certamente fará o mesmo com este meu pedido.
Renovo assim, os meus cumprimentos maçanenses.

Comments:
Gostava de saber, porque é assim tão mau, habitação social nos terrenos do armazém?
Será que os futuros moradores não serão dignos de morar alí?
Habitação social=pessoas com dificuldades=pobres,e o centro de maçãs tem que ser para os endinheirados.
ESTOU A BRINCAR
Com certeza as pessoas que não querem a habitação social é porque têm uma solução melhor para aquele espaço.
vou ficar á espera que nos digam aqui qual.
Ou acham que está bem assim?
Não quero acreditar que assim seja.
 
Amigo comentador em primeiro lugar cumprimentos maçananenses e um obrigado por aderir à “discussão” positiva do problema e que venham mais pois “da discussão nasce a luz.”
Em primeiro lugar, devo dizer que a habitação social no antigo armazém não está mal, é no mínimo uma opção que, em meu entender, não foi devidamente ponderada face ao desenvolvimento “zero” que Maçãs está a ter, aos maçanenses que se estão a fixar nas freguesias vizinhas e tudo pela falta de políticas capazes de ajudar à fixação das pessoas, sem as quais não há desenvolvimento.
“Será que os futuros moradores não serão dignos de morar alí?
Habitação social=pessoas com dificuldades=pobres,e o centro de maçãs tem que ser para os endinheirados.” Deixe-me discordar e rebater esta afirmação que, não só não corresponde à verdade, como é uma afirmação falaciosa, mais parecendo campanha eleitoral, e ainda não chegámos lá. Não, todos têm direito a viver naquele local, e não é disso que se trata, mas do possível desenvolvimento para Maçãs que esse ou outro projecto poderão trazer. E eu não estou a brincar, o futuro é demasiado importante e já está a muitos níveis comprometido. Porquê comprometer agora também o futuro da sede, espelho do que somos, e poderá ser, a freguesia de Maçãs de Dª. Maria? Habitação social sim, para quem precisa, mas tudo terá de ser visto com a devida atenção e ponderação. A Câmara municipal, todos os que politicamente a compõem, e bem assim o seu grupo de técnicos, têm a obrigação e o dever, de ter uma visão mais alargada quanto às implicações futuras, das decisões que actualmente tomam.
Quanto a projectos não é imperioso trazê-los aqui, até porque haverá muitos e qual deles o melhor, no entanto e não me debruçando sobre o mesmo, porque não sou técnico, lembro aqui o auditório de Maçãs incapaz de receber um qualquer espectáculo que se pague pela bilheteira, dada a sua exiguidade. Então porque não elabora a Câmara um projecto, e essa sim, tem técnicos, capaz de abranger um amplo e capaz auditório, com polivalência dos espectáculos ao cinema por exemplo, uma sala museu para o rancho folclórico, alguma parte comercial e habitacional no caso a maior, cujas vendas amortizariam o projecto?
É uma ideia, mas haverá outras concerteza, e será juntando o melhor de cada uma que se poderá fazer o melhor por Maçãs. Assim o queiram a câmara municipal e todos os que a compõem. E não posso deixar de lembrar que Maçãs tem nos órgãos autárquicos representação de privilégio: Na Câmara: o Engº. Carlos Graça, ex Presidente da Junta de Freguesia de Maçãs.;na Assembleia Municipal: o presidente da mesma, Dr. Álvaro Pinto Simões, Ex presidente da Câmara; o presidente da Junta de freguesia Sr. Arlindo Sousa; o Sr. Victor Sousa, e peço desculpa se me esqueci de alguém. Será que esta forte representação maçanense não tem argumentos de peso, capazes de convencer o que alguns chamam de irredutível presidente da câmara? Comungam todos das mesmas ideias de progresso e desenvolvimento que estão subjacentes a esse projecto ou têm de dizem “ámen, sr. Presidente”?
É que assim está mal, e penso que ninguém discorda. Agora como querem fazer é que não fica de todo bem, e vamos empenhar parte do progresso e desenvolvimento que Maçãs tanto precisa.
 
Não se percebe como poderá a Câmara conceber para o local tal projecto. E a nossa Junta, e os elementos da oposição na Assembleia de freguesia? Está tudo de acordo? Seria bom sabermos qual o sentido de voto de que o Sr. Presidente da junta recebeu da Assembleia de freguesia, para votar o assunto na Assembleia Municipal. Será que a Assembleia de Freguesia o mandatou no sentido de votar positivamente um projecto? Este é um projecto que, e dado a sua especificidade e o impaco que poderá trazer para a sede da freguesia, deverá ter um estudo adequado por quem de direito, e uma exaustiva análise e debate pelas mais variadas fações da vida social maçanense.
Assim não.
Maçãs sempre foi uma terra generosa na eleição dos seus autarcas.
Não merece tal traição.
Pensem nisso Srs. Autarcas.
 
Maçãs, Maçãs que eu adora e de que nunca me esqueço e que nas próximas festas em Agosto faço conta de visitar, está assim no caminho da regressão.
Os responsáveis por tudo isso não terão, pessoalmente, nenhuma ideia para a solução do problema da habitação social, sem empenharem o futuro de Maçãs?
Será que, e por uma questão de bom senso, já procuraram saber junto da população que representam, qual a sua opinião sobre o assunto.
Não saberão meus Srs. dos problemas que surgem por aqui, quando da demolição dum bairro de barracas e o realojamento de toda essa gente no mesmo prédio?
Tirem dos outros o exemplo e façam o melhor por Maçãs.
Não consentrem e ainda assim com prejuízo para a terra, as pessoas num só local. Trabalhem no sentido de combater a desertificação de algumns lugares, com a degradação das habitações aí existentes.
É uma ideia que pode ser estudada.
Será que estão dispostos a isso?
 
Pronto, ninguém quer os pobres na sede da freguesia.
Eu até acho boa ideia,porque assim os outros, como os hei-de chamar,os donos da terra, exagero ou talvez não,mas que pensam que eles sim,estão lá bem os outros é que não têm nível para para viver no centro da vila.Podiam fazer alguma coisa para elevar o nível dos outros.
Querem fazer alí o quê?Um elefante branco?Tem que ser alguma coisa que seja útil todos os dias e não qualquer coisa tipo salão paroquial.
Proponho que se arranje uma caixa de sugestões,na junta por exemplo,durante uns meses. quem sabe não aparece uma ideia que satisfaça toda a gente.
 
Caro comentador (anterior, dia 18/07) deixou aquilo que julgo ser a sua ipinião e que, não obstante o respeito que me merece não poderei deixar de contestar nalguns pontos.
É falaciosa a afirmação de que ninguém quer os pobres na sede da freguesia. É ARDILOSA TAL AFIRMAÇÃO E NÃO TEM POR OBJECTIVO O COMENTÁRIO SIMPLES, COM A DIVULGAÇÃO DA SUA OPINIÃO,MAS PELO CONTRÁRIO, PRETENDE ATINGIR ALGUMAS MENTALIDADES, FAZENDO-LHES ENTENDER AQUILO QUE NUNCA FOI POR AQUI, OPINIÃO DE NINGUÉM.
Não é isso que se pode depreender do teor do meu mail, nem das afirmações daqueles que concordam.
Basta ter-se um pouco de visão e alguma capacidade de prespectivar o futuro, para entender que NÃO É A HABITAÇÃO SOCIAL QUE ESTÁ ERRADA, MAS A OPÇÃO E O SENTIDO DE OPORTUNIDADE EM COLOCÁ-LA NUM LOCAL QUE TEM TUDO PARA AJUDAR A DESENVOLVER E COLOCAR MAÇÃS NO CAMINHO DO PROGRESSO E QUE ASSIM FICARÁ CASTRADO PARA SEMPRE.
Ainda assim, a colocação no local de 10 apartamentos de habitação social, trará para o centro da vila os mesmos problemas que outras cidades de Portugal arranjaram com soluções idênticas, salvo as devidas proporções.
Não aceito, de todo, que venham com o argumento, de que estou contra os pobrezinhos, que não os quero na sede da freguesia, que não merecem, que devem ser metidos em guetos, enfim a conversa do costume. Faça-se habitação social, povoem-se os lugares que estão a ficar desabitados, reconstruam-se as modestas mas dignas habitações que dentro de alguns anos serão ruínas, façam uma colmeia (leia-se bloco) e encham-no de carenciados, se concluírem que é essa a melhor solução, mas não castrem nem empenhem o que pode ser um polo de desenvolvimento e progresso para Maçãs de Dª. Maria.
Quanto aos elefantes brancos, Maçãs já tem que chegue, e veja-se de que serviu o auditório em oito meses.
O que quer que seja construído terá o fim e a utilização que os responsáveis se obrigarão a dinamizar e projectar.
Afinal Alvaiázere, não é só a sede do concelho?
Ou será?
 
Já me esquecia de dizer que quanto à caixa de sugestões ou à finalidade que lhe está subjacente, estou plenamente de acordo consigo.
Porque não se faz uma auscultação isenta à população, no sentido de se tomar uma decisão que seja consentânea com o seu sentir?
 
Se fosse um cidadão qualquer que comprasse aquele espaço, e ali construísse a sua habitação, fizesse uns muros altos á volta alguém reclamava?Não?Porquê?Isso já era proguesso para maçãs?
 
Caro amigo, o investimento privado, seja ele pólo de desenvolvimento e progresso ou não, é da responsabilidade de cada um e em princípio, ninguém teria nada com isso. Bastaria para tal que se respeitassem todas as normas urbanísticas existentes. No entanto, e se tal acontecesse como refere, caberia sempre à câmara e à junta de freguesia e, considerado que fosse de interesse público face a um qualquer projecto de desenvolvimento e progresso para a terra, levar até à última hipótese as negociações, com vista à sua aquisição, servindo-se se tal fosse necessário, de alguma faculdade que esteja prevista na lei, de modo a ter opção no negócio.
Seria algo que estaria na sua obrigação. Aliás, tal acção até nem teria nada de anormal, a Junta não comprou o terreno da serra de Stª. Helena, onde gastou dezenas de milhares de euros, para nada? Tinha todo o direito e obrigação de entrar no negócio, se tal fosse no interesse da freguesia, com vista ao seu progresso e desenvolvimento. No que se refere ao terreno da serra de Stª. Helena, não consigo vislumbrar qualquer interesse. A menos que esteja escondido, ou não interesse que se saiba a verdadeira razão de tal aquisição.
O desenvolvimento e o progresso, são objectivos indissociáveis da actuação duma qualquer autarquia que se preze.
Em suma, foi para isso que os autarcas se fizeram eleger, e que nós, acreditando na sua palavra, objectivamente lhes demos o nosso voto.
 
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