2007/04/23
TRADIÇÕES VII
Existem várias interpretações para este costume, baseando-se em outras tantas lendas, que vêm sendo deixadas de geração em geração.
Diz uma das lendas, que sendo o amarelo a cor da fome, as maieiras servem para afastar a fome, assegurar o êxito das sementeiras e são sinal do renascimento da primavera. Diz outra lenda que, quando os soldados romanos perseguiam Jesus, já de noite, viram-no entrar numa casa e logo a marcaram com flores de giestas, para facilmente o localizarem no outro dia.
Na manhã seguinte, quando os soldados chegaram, o milagre tinha acontecido. Todas as casas estavam enfeitadas com giestas amarelas e assim, os soldados foram despistados.
Seja porque razão for, muitas famílias continuam ainda a enfeitar as portas das suas casas á entrada do mês de Maio, continuando assim a cumprir esta tradição primaveril, para que os seus lares fiquem protegidos da fome por mais um ano, agora não só com as giestas maieiras, mas utilizando as várias flores da época.
..........Manda a tradição, que se façam cruzes enfeitadas com ramos de oliveira e alecrim, que foram benzidos no Domingo de Ramos, e sejam colocadas nas terras anteriormente semeadas, esperando-se assim um bom presságio para as próximas colheitas.
.......É também neste mês que se festeja o tradicional Dia da Mãe.
Antigamente esta data comemorava-se no dia 8 de Dezembro e era simbolizada pelos desenhos e cartões que fazíamos na escola e depois oferecíamos á nossa mãe. Agora a festa passou para o 1º. Domingo de Maio, para grande alegria de floristas e restaurantes.
........Estamos no mês de Maio, por tradição o mês de Nª. Srª. Para a maioria das pessoas de predominância católica, festejam-se há dezenas de anos, nos dias 12 e 13, as aparições de Nossa Senhora na Cova de Eiria em Fátima.
Muita gente lá vai em peregrinação, cumprir promessas feitas em horas de maior aflição ou ainda pedir protecção á Virgem para si e para os seus, por mais um período que decorrerá até Maio do ano seguinte.
..........Está assim o mês de Maio repleto de factos que, pela sua secularidade, crenças e tradições que vêm sendo transmitidas família a família, ainda hoje são preservados e fazem das nossas gentes, um povo de largos costumes, crenças e tradições.





